Terminei ontem de ler esse livro do autor John
Green, super bem falado nos vários blogs que vi resenha do mesmo,
obviamente despertou em mim o interesse em conhecer o trabalho do autor, ou
seja, comprei o peixe que me venderam.
O livro
conta a história de Hazel Grace e Augustus Waters personagens
principais do drama, dois adolescentes vítimas de câncer que se conhecem em um
grupo de apoio a pessoas com câncer e a partir dai aflora um romance intenso e
divertido entre os dois, claro há outros personagens na trama também que o
autor os trabalhou de maneira a não deixa-los apenas como secundários ou sem
importância na história, ao meu ver todos, desde os pais dos protagonistas até
seus amigos desempenharam papéis importantes no decorrer da história, os
personagens são dois adolescentes digamos bem maduros e os diálogos entre os
dois são sempre reflexivos, são jovens inconformados com respostas prontas e
que sempre tem um ponto de vista para cada tipo de coisa ou situação.
O autor
foi bem realista, não fantasiou em nada as limitações que uma pessoa com tal
diagnóstico pode ter, como se sente alguém com tal doença com relação a
família, amigos e futuro, nesse aspecto, a mocinha sempre deixa claro o que
pode acontecer com ela devido a doença e os efeitos que irão envolver a todos a
seu redor, como classificado por ela, se sente uma granada, prestes a explodir
a qualquer momento, já o mocinho apesar do que a doença causou-lhe é alguém de
bem com a vida, de bom humor e que faz tudo o que está ao seu alcance para ajudar
ao próximo, nesse ponto achei surpreendente o casal tão completo criador pelo
autor mesmo diante das limitações impostas pela doença.
Outro
ponto positivo que devo destacar ao autor, foi a criação de uma ficção dentro
da ficção, o livro preferido de Hazel chama-se Uma aflição imperial , livro esse que
une ainda mais o casal e faz com que a história toda gire em torno do que os
dois pensam sobre essa obra de certa forma incompleta escrita por Peter
Van Houten , até o momento em que os dois decidem ir atrás do autor
em busca de respostas, visto que esse é incomunicável e não tolera os meios de
comunicação modernos, um pequeno detalhe é que atualmente (dentro da história,
claro) Van Houten vive na Holanda, mas isso não foi empecilho
para nosso protagonistas irem ao encontro de seu autor favorito e o encontro
entre os três fez eu dar mais um ponto ao autor, pensei que seria ”X” mas foi “Y”
e eu adoro quando sou surpreendido assim em uma história, a partir dai a
história tem a única reviravolta da trama e segue para um final emotivo, onde
mais uma vez ocorreu a fórmula do “X” e do “Y”.
Minha
opinião sobre o livro, o autor escreve muito bem, cria diálogos reflexivos como
citei acima, mas, não é tudo o que eu esperava pelas resenhas que li por ai.
Talvez eu tenha começado pelo livro errado do autor, deveria conhece-lo melhor
antes de ler o A culpa é das Estrelas,
não estou dizendo que não gostei do livro, porém dado as circunstancias do
que li sobre ele, digo com toda sinceridade, esperava mais. É um livro um tanto
quanto depressivo, principalmente a alguém diagnosticado com suspeita de câncer,
muita coisa passou pela minha cabeça e quando digo muita, foram muitas mesmos,
infelizmente a maioria não muito positivas.
Enfim,
é um livro que não é um dos meus gêneros prediletos, mas me comoveu e pude me entreter.
PS. Pelo que pesquisei há um filme para ser lançado (Sem
previsão de estréia) baseado no livro, a produção está sendo acompanhado de
perto pelo próprio John Green. Só não entendi uma coisa, durante o livro,
uma das coisas mais destacadas por Hazel em Augustus são seus
olhos azuis, mas o ator escolhido para interpretá-lo tem olhos castanhos. No
mínimo estranho isso! (Apenas um comentário)
Titulo: A culpa é das estrelas
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
N° de páginas: 288
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