Tomei interesse por ler essa
história apenas com uma resenha lida, ainda não sei explicar se foi a forma
emotiva que o autor da resenha a escreveu que despertou curiosidade em mim, ou
se o fato da protagonista também ser violinista, um instrumento que toco desde
criança e que sou apaixonado, mas enfim, decidi que iria ler e procurei fazer
isso imediatamente.
A trama
toda se passa na cidade do Rio de Janeiro, tendo como protagonista Alicia
Mastropoulos uma jovem greco-brasileira , criada em uma família que
preza por seguir as tradições gregas a risca, mas ainda assim a jovem tem o
sonho de seguir os passos do avô Amadeu Mastropoulos que foi
um grande violinista, mesmo não sendo essa a ideia de futuro que seus pais
planejaram a ela.
Alícia
é noiva de Theo , também descendente de
gregos, mas não é feliz em seu noivado pois, apesar da descrição física
perfeita que os autores lhe deram, não passa disso e não tem nada a mais a
oferecer , não conquistando o amor da jovem, mas para preservar
a tradição e manter a família em um circulo social entre os gregos, ela é
forçada a seguir com o falso romance a
fim de não desapontar os pais, isso a sufoca e seus refúgios são, a música e os dias em que
vai visitar sua avó D. Cecília , uma sábia senhora que parece compreender
perfeitamente a neta e sempre tem a coisa certa pra dizer independente da
situação.Com seu esforço Alícia consegue um lugar de
destaque na orquestra da faculdade de música, mesmo enfrentando um rígido
professor, Oscar que já não
simpatizava muito com ela, e depois de uma apresentação, onde sem aviso algum, Alícia muda a música e ao invés
da que foi ensaiada ela toca uma música de seu avô, o relacionamento entre os
dois fica ainda pior, na verdade a vida da violinista muda após a ultima nota
dessa partitura, pois ela conhece um rapaz (também descrito fisicamente
perfeito pelos autores) misterioso, de passado ainda mais misterioso, e muda
totalmente a vida da protagonista, seu nome Sebastian.
Apesar
de muito relutar, aos poucos um sentimento entre os dois começa a aflorar e Alícia
vai precisar tomar uma decisão impactante, onde haverá muitas
consequências, principalmente entre as pessoas ao seu redor, para ficar com
quem ela percebeu ser o amor de sua vida. Para suportar esse conflito ela conta
com a ajuda de sua avó e sua melhor amiga Carol,
que ao meu ver é a melhor personagem secundária do livro.
A jovem
vive agora o dilema de se vale a pena enfrentar família, tradição, para poder
ficar com seu amor de passado misterioso, mas que ainda assim ela tem certeza
de que não irá amar alguém como o ama.
Gostei
muito do livro, cada detalhe, desde a capa até a narrativa leve e fluente em
primeira pessoa contada pela protagonista, me surpreendeu e superou minhas
expectativas, uma história encantadora, gosto muito de personagens que “fogem
as regras”, lutando por seus ideais e objetivos, não se deixando levar por
tradições e regras imposta pela sociedade, colocando sua felicidade acima de
tudo e conquistando-a corajosamente. Há uma referência a Paganini (um
grande violinista) que condiz perfeitamente com o que Alícia está
vivendo, ao findar do livro tive ainda mais certeza de que a música é algo
mágico.
A
história em si não tem muitos personagens, mas os poucos que tem foram bem
aproveitados pelos autores, uma vez que a maior parte da história gira em torno
dos dilemas do casal principal, mas cada um teve importante participação na
vida de Alícia, nas decisões
que ela precisou tomar.
Pra
quem gosta do gênero indico, mas pra quem assim como eu, não é de ler muito
esse tipo de história, aconselho a “esvaziar a xicara” , se livrar de
preconceitos praticar a leitura de mente aberta que garanto bons momentos nas
páginas desse livro.
Quando
Você toca você faz música. Quando você acredita você faz mágica – P 150
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Titulo: A última nota
Autor(es): Felipe Colbert e Lú Piras
Editora: Novo Século
N° de Páginas: 260.
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